Com a reabilitação do CAC de Guadalupe, artistas em alerta: “Nem todos têm a mesma visão de futuro”

Apesar de sua morte em 2 de abril de 2024 , o rosto colorido de Maryse Condé zela pela cidade de Pointe-à-Pitre, da fachada do Centro de Artes e Cultura (CAC), onde o artista de rua guadalupeano Steek Oner a pintou. O prédio se tornou um squat artístico, "talvez o maior salão de exposições de todo o Caribe", comemora Fabrice, o gerente relutante desta imensa galeria e membro de longa data do Kòlektif Awtis Rézistans, que ocupa o local. Aqui, as paredes cinzentas servem de telas para artistas de todo o mundo. Fotografias. Pinturas. Arte de rua. Esculturas. Tudo se mistura em uma alegre confusão onde poltronas e outros objetos recuperados convivem com poemas e citações sobre a condição negra, o amor, a liberdade ou a necessidade de criar. Quando perguntam a Fabrice quantas obras no total podem ser encontradas nos mais de 7.000 m² do edifício, ele ri da pergunta: "Não sei. Talvez 300 ou 400. Nunca contei."

Anteriormente uma sala de espetáculos, o Centro de Artes e Cultura foi inaugurado em 1978, fechando em 2009 para reformas e sendo abandonado. A construção foi retomada em 2016 e interrompida devido à pandemia.